Períodos de crise são uma certeza no meio corporativo. Com oscilações econômicas, avanços tecnológicos e a constante mudança nas tendências mercadológicas, não estar preparado para um momento de dificuldades pode ser fatal para qualquer organização. Por isso, o gerenciamento de riscos é uma estratégia fundamental para que gestores possam se manter firmes e passarem por uma crise sem prejuízos.
Para empresas que podem ser encontradas em plataformas digitais, como redes sociais, marketplaces ou websites próprios, o gerenciamento de riscos voltado para a cibersegurança é uma obrigação para manter a integridade dos seus ativos, informações confidenciais internas e de clientes que depositaram sua confiança nessas entidades.
Quer saber mais sobre como o gerenciamento de riscos pode ajudar a proteger sua empresa contra a ascensão expansiva do cibercrime? Continue com a gente e tenha uma boa leitura!
O que é gerenciamento de riscos?
O gerenciamento de riscos é uma ação conjunta entre membros de cargos elevados de uma empresa para definir e antecipar possíveis cenários de crise e práticas de risco que uma organização possa sofrer, criando contramedidas de segurança que protejam a empresa de tais problemas.
Durante toda a trajetória de uma empresa, desde sua criação, são feitos inúmeros planejamentos e estratégias que possibilitam o avanço da sua relevância no mercado. Ações de marketing, treinamento interno, criação de cultura entre colaboradores, entre outras práticas.
No contexto do gerenciamento de riscos não é muito diferente. Assim como qualquer um dos exemplos supracitados, ele é um planejamento estratégico que prepara a empresa para cenários de risco em potencial que possam impedir o seu fluxo normal de funcionamento ou paralisar completamente os seus serviços.
É claro que o gerenciamento de riscos é diferente para cada empresa, já que os riscos não são os mesmos para todos os setores. É importante que os responsáveis pela formulação dessa estratégia tenham uma visão clara da realidade da empresa, o momento em que se encontram e qual é o estado de cada estrutura interna.
Por outro lado, existem etapas padrão que podem ser utilizadas, de forma geral, para iniciar uma estratégia de gerenciamento de riscos, como veremos a seguir:
5 etapas do gerenciamento de riscos
As etapas do gerenciamento de riscos são como operações de reconhecimento e antecipação estratégica. Através delas, é possível identificar, categorizar e criar uma série de metodologias que contribuam para um gerenciamento inteligente e eficaz de vulnerabilidades.
Os responsáveis pelo processo de gerenciamento de riscos, geralmente, possuem cargos executivos dentro da empresa. Como estamos falando de riscos à cibersegurança, o CISO - Diretor de Segurança da Informação - é um ótimo exemplo para o caso.
Entretanto, é recomendado que toda a operação seja gerida por cargos C-level, sendo cada um responsável por elaborar uma espécie de brainstorm para antecipar e listar riscos que podem estar ligados ao papel da empresa no mercado.
Depois de analisados e reunidos os riscos em potencial que a empresa pode sofrer, é hora de criar diretrizes que vão servir como guia para todos os envolvidos no combate a essas possíveis crises:
1. Identificação do risco
Neste momento, os gestores de risco vão pensar, de acordo com os parâmetros atuais da empresa, quais são os riscos que poderiam surgir no seu seguimento, externa e internamente.
Também é muito importante que os gestores de risco conversem com colaboradores influentes de todos os setores. Isso abre espaço para novos olhares e ângulos de pensamento que não foram considerados.
É um trabalho conjunto que precisa envolver todos os setores. É claro que não é necessário - nem recomendado - que todos os colaboradores façam parte dessa união de ideias. Mas é de extrema importância que nenhum nível da empresa seja desconsiderado.
2. Análise do risco
Depois que todas as ideias foram alinhadas, os gestores de risco devem fazer uma estimativa do impacto que os riscos trazidos à mesa podem causar à empresa, assim como elaborar contramedidas que vão ajudá-los a combater esses cenários hipotéticos.
Vale lembrar que esses riscos em potencial podem ser amplamente variados, indo desde o comprometimento de um endpoint por falta de atualizações recorrentes, até a criação furtiva de um backdoor no sistema, gerando um vazamento de dados confidenciais e futuros problemas para integridade de um negócio.
3. Avaliação e classificação do risco
Nesta etapa do gerenciamento, as contramedidas são postas lado a lado com seus respectivos riscos, formando um guia de ação para determinada situação.
Por exemplo, se um dos riscos imaginados for uma situação que possa causar a perda de todos os arquivos e documentos da empresa, a contramedida imediata deve ser o backup constante e atualizado de todo esse material para um dispositivo ou servidor seguro e confiável.
4. Tratamento do risco
Durante o gerenciamento de riscos, é importante que cada um dos riscos listados tenha seu próprio gestor. Dessa forma, o tempo para a solução desses riscos é otimizada, garantindo um tempo de resposta mais rápido e evitando que riscos residuais comprometam as operações adjacentes.
5. Monitoramento do risco
Esta é a última etapa do processo de gerenciamento de riscos, onde relatórios são feitos acerca dos resultados encontrados através das medidas criadas para cada risco. Nesse momento, é importante saber se os resultados foram positivos, negativos ou ineficientes.
Além disso, se algumas das medidas previamente elaboradas tiveram de sofrer adaptações, esses “improvisos” devem constar nos relatórios e serem considerados em uma análise posterior.
Muitas empresas enfrentam riscos parecidos em diferentes ocasiões em que passam por um processo de gerenciamento de riscos. Por isso, é recomendada a criação de uma espécie de manual ou diretrizes para o gerenciamento de riscos.
Como priorizar vulnerabilidades da maneira certa
Como o processo de gerenciamento de riscos é atribuído a altos cargos executivos de uma empresa, deve ser natural que os riscos sejam priorizados em um nível de organização chamado top-down (de cima para baixo), onde os riscos maiores são mitigados primeiro.
Isso deve acontecer porque ao “quebrarmos” riscos maiores, existem chances de surgir riscos residuais que podem comprometer o andamento do solucionamento de riscos menores. Como os cargos executivos das empresas possuem uma relação mais íntima com ativos importantes como credenciais, APIs, documentos confidenciais, entre outros, é necessário que esses itens sejam assegurados imediatamente, já que possuem grande parte do valor da empresa.
Assim, uma vez que os riscos que ameaçam as operações C-level são solucionados, os potenciais perigos que põem em risco as cadeias de comando inferiores podem ser identificados, rastreados e mitigados sem a preocupação de abrir mais janelas de vulnerabilidades. É nesse momento em que sistemas, hardwares e softwares são atualizados, colaboradores são submetidos a novos treinamentos de boas práticas de segurança e soluções de cibersegurança são adotadas.
O Bug Bounty como uma solução de cibersegurança
Existem inúmeras soluções de cibersegurança no mercado. Como o investimento em segurança da informação é uma obrigação prevista pela LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados - as empresas devem buscar aquelas que mais se enquadram na natureza do seu negócio.
O Bug Bounty é uma ferramenta poderosa para a identificação e combate à vulnerabilidades e pode ser um grande aliado durante o processo de gerenciamento de riscos. Nesse programa, milhares de hackers, ou pesquisadores de segurança, podem gerar relatórios constantes e direcionar corretamente os gerenciadores de risco para agilizar o processo e garantir que as medidas que estão sendo tomadas não estejam criando brechas que possam comprometer ainda mais a segurança da empresa.
Com um programa de Bug Bounty ativo na sua empresa durante um período de gerenciamento de riscos, as medidas de segurança adotadas serão mais certeiras, principalmente para o modelo top-down, já que a identificação de brechas para vazamento de informações valiosas é uma das especialidades desses pesquisadores.
Com a capacidade de customização e a flexibilidade oferecida pelo Bug Bounty, é possível manter a blindagem contra o cibercrime de forma substancial na sua empresa. É possível definir o tempo em que ele ficará ativo, a intensidade do programa e em quais departamentos eles devem voltar seus esforços de forma mais ávida.
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