Um dos principais riscos oferecidos pela evolução da Inteligência Artificial, com certeza, é o deepfake.

Possivelmente, você já viu alguma imagem, vídeo ou áudio de deepfake nas redes sociais. Um exemplo que viralizou neste ano foi a imagem do Papa Francisco vestindo um casaco volumoso branco.

Mas, apesar de engraçado, o deepfake representa um risco para figuras públicas, organizações governamentais e não governamentais. Isso porque, na era das fake news, qualquer vídeo, imagem ou áudio podem ser manipulados sem que ninguém perceba e atingir um grande público desavisado que não entenda a “piada”.

Neste contexto, o deepfake pode acentuar a luta contra a desinformação. Mas, além disso, pode apresentar riscos para as empresas. Neste artigo, você vai ver o que é deepfake, porque ele é um risco e quais riscos ele representa. Boa leitura!

O que é Deepfake?

Deepfake é um termo utilizado para se referir a uma técnica de Inteligência Artificial que possibilita a criação de vídeos, imagens ou áudios manipulados de forma realista, a ponto de enganar os espectadores, fazendo parecer originais.

O nome "deepfake" é uma combinação das palavras "deep learning" – aprendizado profundo  em português–, uma abordagem de inteligência artificial, e "fake" – falso.

Essa técnica usa algoritmos avançados de deep learning, como redes neurais artificiais, para sintetizar conteúdo multimídia, como vídeos e áudios, com base em amostras existentes.

Por que deepfake é uma ameaça para as empresas?

O deepfake representa um risco significativo para empresas devido ao seu potencial de causar danos substanciais em diversos aspectos-chave da operação empresarial. Essa tecnologia avançada de Inteligência Artificial pode criar conteúdo multimídia falso e aparentemente autêntico, a ponto de enganar usuários desavisados.

Num contexto empresarial, o deepfake pode ser usado para propagar informações falsas com colaboradores, clientes e parceiros, possibilitando decisões equivocadas, quebra de confiança e alguns tipos de invasões cibernéticas – tipo o phishing.

Mas, além disso, existem outros riscos que você poderá ver no tópico a seguir.

Quais são os riscos do deepfake?

Devido a sua capacidade de criar conteúdos multimídia falsos, mas que parecem reais, o deepfake pode desencadear crises na reputação ou facilitar a atividade de cibercriminosos, prejudicando a relação de confiança e a segurança das organizações.

Veja alguns dos riscos mais eminentes:

Fraude e crime cibernético

Deepfakes podem ser usados para criar mensagens falsificadas para enganar funcionários e clientes. Por exemplo, um deepfake de um CEO da empresa solicitando transferência de fundos para uma conta bancária fraudulenta pode levar a grandes perdas financeiras.

Disseminação de informações falsas

Os deepfakes podem criar notícias falsas e desinformação sobre uma empresa. Isso pode afetar a credibilidade e prejudicar sua imagem perante o público e investidores.

Difamação e danos à reputação

Vídeos fraudulentos que difamam executivos, funcionários ou a própria empresa podem ser criados por causa do deepfake, podendo causar danos significativos à reputação e afetar negativamente a confiança dos clientes e parceiros comerciais.

Phishing e engenharia social

Os deepfakes também podem ser usados em ataques de phishing ou engenharia social. Neste caso, os criminosos podem se passar por funcionários para obter informações confidenciais ou acesso não autorizado a sistemas e dados.

Exploração de conflitos e crises

Em momentos de crises ou conflitos, deepfakes podem ser usados para criar conteúdo falso que agrava a situação e prejudica a empresa.

Burlar sistemas

Vídeos, fotos e áudios falsos podem ser usados para ter acesso a sistemas de reconhecimento facial ou por voz. Isso poderia gerar uma grande exposição de dados das empresas.

Como se proteger de deepfake?

As tecnologias de deepfake ainda são muito recentes e, na maioria das vezes, usadas como entretenimento, mas elas têm um potencial destrutivo para marcas e organizações.

Um dos principais pontos para esse risco é que a maioria das pessoas ainda não estão familiarizadas com o conceito, tornando-se mais suscetíveis aos golpes que utilizam o método. O melhor caminho para proteger a sua empresa contra essas ameaças é através de campanhas de educação focadas em segurança da informação. Quanto mais treinados seus colaboradores estiverem, menos expostos aos riscos eles estarão.

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