Nos últimos anos, pudemos assistir uma grande mudança nas dinâmicas sociais e comerciais do mundo devido às transformações digitais. Cada vez mais transações e serviços passaram a ser intermediados pela internet e, para as mentes maliciosas, isso quer dizer mais alvos e mais oportunidades de crimes cibernéticos.

Com o volume de dados presentes no ambiente digital cada vez maior, os crimes cibernéticos se tornaram uma preocupação crescente para governos, empresas e para pessoas físicas. Isso porque, neste cenário, todos estão expostos a ameaças.

Prova disso é que, em 2022, houve um salto de 38% nos números de ciberataques em comparação a 2021, segundo um levantamento feito pela Check Point Software.

Quer entender como os crimes cibernéticos acontecem, quais seus tipos e como evitá-los? Continue lendo o artigo e se aprofunde neste assunto!

O que é crime cibernético?

Os crimes cibernéticos - ou cibercrimes, como também são conhecidos - são qualquer atividade ilegal que realizada por meio dispositivos eletrônicos, como computadores, smartphones, tablets e redes de computadores.

Geralmente, os crimes cibernéticos têm como objetivo prejudicar e/ou obter vantagens financeiras, informações pessoais e confidenciais de outras pessoas.

Além disso, esses crimes podem ser cometidos por indivíduos ou grupos organizados, trazendo graves consequências, como, por exemplo, a perda de dados e informações sensíveis, a interrupção de serviços online, danos financeiros e danos à reputação.

Quais são as leis que definem o que são os crimes cibernéticos?

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) é uma das principais leis regulamentadora das práticas digitais, seu principal objetivo é garantir a proteção de dados. Na LGPD, está previsto que as empresas que tratam informações pessoais cumpram as normas de proteção de dados e privacidade e, assim, evitem prejuízos oriundos de crimes cibernéticos.

Ainda no Brasil, existem as leis Marco Civil da Internet (2014) que determinam as diretrizes de como o Estado deve atuar nas redes. E, também, existe a Lei Carolina Dieckmann (2012) que estabelece penalidades contra os crimes cibernéticos.

Principais tipos de crimes cibernéticos

  • Crimes contra a confidencialidade: esses crimes visam obter informações confidenciais sem autorização de seus donos.
  • Crimes contra a integridade: crimes cibernéticos que têm como objetivo alterar, modificar ou danificar dados e sistemas.
  • Crimes contra a disponibilidade: normalmente, esses crimes buscam interromper ou impedir o acesso legítimo a sistemas.
  • Fraudes eletrônicas: envolvem a obtenção de dinheiro ou informações privilegiadas por meio de esquemas fraudulentos.
  • Crimes contra a propriedade intelectual: esses crimes cibernéticos envolvem a violação de direitos autorais, patentes ou marcas registradas.
  • Crimes contra pessoas: envolvem ameaças, assédio ou violência contra indivíduos, ou grupos.
  • Crimes cibernéticos transnacionais: geralmente, esses crimes cibernéticos envolvem atividades criminosas em países diferentes.

Exemplos de crimes cibernéticos

Dentre os principais tipos, existem alguns exemplos de crimes cibernéticos que costumam ser mais incidentes contra pessoas e empresas. Confira:

  • Roubo de identidade
  • Espionagem cibernética
  • Roubo de informações e/ou ativos financeiros
  • Vazamento de informações confidenciais
  • Fraude de credenciais
  • Invasão de privacidade
  • Roubo e venda de dados corporativos
  • Ataque ransomware
  • Roubo de dados pessoais
  • Cyberbullying
  • Ciber extorsão
  • Pirataria
  • Roubo de dados pessoais
  • Sequestro de dados

Como os crimes cibernéticos acontecem?

Os crimes cibernéticos podem acontecer de diferentes maneiras, isso porque existem diversos tipos de armadilhas digitais que podem abrir as portas de um sistema ou dispositivo, possibilitando que o crime aconteça. Veja alguns exemplos:

Phishing

Neste tipo de ataque, os criminosos costumam usar armadilhas com o objetivo de fazer com que as pessoas cliquem em links fraudulentos - literalmente como uma forma de pesca digital.

Geralmente, esses links aparecem em mensagens de e-mail, SMS ou mídia social que parecem legítimas, mas, na verdade, são projetadas para enganar os usuários, liberando ao cibercriminoso informações e acessos confidenciais.

Ransomware

O ataque ransomware é um tipo de malware que funciona como um sequestro de dados por meio da criptografia dos arquivos do usuário, tornando-os inacessíveis aos seus titulares.

Geralmente, o ransomware pode se espalhar rapidamente por redes de computadores, criptografando arquivos em vários dispositivos e servidores, bloqueando os acessos e, por consequência, forçando o pagamento do resgate.

Ataques de negação de serviço (DDoS)

Os ataques DDoS - ou Distributed Denial of Service em inglês - envolvem o envio de tráfego excessivo para determinado servidor ou site, sobrecarregando-o e, desta forma, o tornando inacessível para seus usuários legítimos.

Normalmente, os ataques DDoS são realizados por meio de uma rede de dispositivos infectados - conhecida como botnet - controlada pelos cibercriminosos.

Malware

O termo malware funciona como um guarda-chuva para diferentes tipos de ciberataques que funcionam a partir de softwares maliciosos, como, por exemplo, vírus, worms e cavalos de Tróia.

O objetivo desses ataques é infectar computadores ou outros tipos dispositivos para roubar informações e/ou controlar o dispositivo remotamente.

Como proteger sua empresa contra crimes cibernéticos?

Como você pode perceber, os crimes cibernéticos representam um risco e tanto para a integridade de empresas. Diante deste cenário, preparamos 4 dicas práticas para te ajudar a deixar sua empresa mais segura contra os cibercrimes. Veja:

  1. Treinamento de funcionários e colaboradores: nenhuma ação de cibersegurança é 100% efetiva sem que os funcionários e colaboradores estejam devidamente capacitados sobre as boas práticas de cibersegurança e privacidade.

    Por isso, é fundamental disponibilizar conteúdos que reforcem boas ações para manter o sistema da empresa seguro, como, por exemplo, não compartilhar senhas confidenciais, cuidado com links suspeitos e a utilização de dispositivos da empresa apenas para trabalho.
  2. Mantenha seus sistemas atualizados: ao manter seus sistemas atualizados, você consegue evitar que novas ameaças acessem seus sistemas. Desta forma, é possível corrigir as vulnerabilidades e evitar que o sistema fique obsoleto perante o surgimento de novas técnicas de ataques.
  3. Controle de acesso: tenha bem definido quem pode acessar o que dentro da sua empresa, assim, você consegue ter um controle maior sobre quem tem acesso a dados confidenciais. Além disso, é preciso fazer o monitoramento constante dessas credenciais.
  4. Tenha um sistema de segurança eficaz: além de todas essas dicas, é fundamental que o seu sistema de segurança seja forte contra as ciberameaças, evitando possíveis invasões.

    Isso porque o sistema de segurança funciona como um sistema imunológico para os seus sistemas, por isso é tão importante mantê-lo resistente e sem possíveis brechas.

Uma forma de manter seus sistemas seguros é com o Bug Bounty, que funciona como um programa de recompensas em busca de possíveis vulnerabilidades nos sistemas de empresas.

Desta forma, é possível identificar e corrigir as brechas do sistema de segurança, deixando-o mais forte e evitando que crimes cibernéticos aconteçam contra sua empresa.

Gostou? Quer conhecer mais sobre como o Bug Bounty pode te ajudar a não ser um alvo fácil de crimes cibernéticos? Clique neste link e fale com a BugHunt.