A segurança da informação nunca foi tão crucial quanto hoje. Com a crescente digitalização dos negócios, o aumento da complexidade das ameaças cibernéticas e a crescente adoção de inteligência artificial (IA), proteger dados tornou-se uma prioridade estratégica para empresas de todos os setores.
Isso porque, com o avanço das tecnologias, os desafios evoluíram, exigindo abordagens mais robustas e adaptáveis para garantir a segurança dos dados.
A IA Generativa ilustra bem essa dualidade: enquanto oferece novas ferramentas para fortalecer a proteção de dados, também introduz riscos inéditos, exigindo que as organizações reavaliem constantemente suas práticas de segurança.
Diante disso, os princípios fundamentais da segurança da informação – confidencialidade, integridade, disponibilidade e autenticidade – continuam sendo a base para qualquer estratégia de proteção.
Quer saber quais são esses princípios e como você pode utilizá-los para manter sua empresa segura? Siga lendo este artigo!
O que é segurança da informação?
Antes de nos aprofundarmos nos pilares, é importante primeiro entender o que é segurança da informação,
A segurança da informação é um conjunto de práticas e medidas que visam proteger dados e sistemas contra acessos não autorizados, modificações indevidas e indisponibilidades.
No mundo digital, os dados são ativos valiosos e, por isso, estão constantemente sob ameaça. Para se ter uma ideia, no terceiro trimestre de 2024, o Brasil registrou um aumento de 95% nos ataques cibernéticos contra organizações, totalizando 2.766 tentativas semanais, conforme apontado pela Check Point Research.
Nesse cenário, as empresas precisam adotar estratégias para garantir a segurança em sistemas de informação, protegendo suas operações e a privacidade de seus clientes.
Leia também:
Quais são os custos de um incidente de segurança?
Qual a importância da segurança da informação?
Sem um bom planejamento de segurança em tecnologia da informação, os negócios ficam vulneráveis a diversos tipos de ataques, como phishing e vazamento de dados. Além dos tradicionais riscos, novas ameaças têm emergido, como ataques baseados em IA, ransomware as a service e vulnerabilidades na Internet das Coisas (IoT), o que torna a proteção de dados ainda mais desafiadora.
Esses incidentes podem causar desde prejuízos financeiros até danos irreparáveis à reputação da empresa.
Para mitigar esses riscos, muitas organizações estão adotando medidas como monitoramento contínuo, detecção proativa de vulnerabilidades e programas de bug bounty. Outro ponto indispensável é estar em conformidade com regulamentações como a LGPD, evitando multas e processos legais.
No entanto, para que essas estratégias sejam eficazes, elas devem estar alinhadas aos pilares da segurança da informação, os quais formam a base sólida para qualquer abordagem de proteção, garantindo que dados e sistemas permaneçam seguros diante das ameaças cada vez mais sofisticadas.
Quais são os pilares da segurança da informação
A segurança da informação se baseia em quatro pilares para proteger as informações e dados: confidencialidade, integridade, disponibilidade e autenticidade.
- Confidencialidade: é o que garante o acesso das informações apenas às pessoas autorizadas, ou seja, não disponibiliza esse acesso a indivíduos, entidades ou processos não autorizados.
- Integridade: é o que garante a veracidade das informações, indicando que os dados não podem ser alterados sem autorização.
- Disponibilidade: é o que garante que os dados e sistemas estejam disponíveis para pessoas autorizadas no momento em que se tornar necessário.
- Autenticidade: é o que garante a verdadeira autoria da informação, ou seja, que os dados são de fato provenientes de determinada fonte.
Vamos falar mais detalhadamente sobre cada um deles:
Confidencialidade
A confidencialidade é o primeiro princípio da segurança da informação por um motivo bem simples: ele lida com a privacidade dos dados, fundamental para qualquer empresa que deseja garantir a segurança.
Esse conceito diz respeito às ações tomadas para assegurar que as informações não sejam roubadas dos sistemas através de ataques cibernéticos, espionagem, acesso não autorizado, entre outras práticas maliciosas.
É pensando na confidencialidade que diversas ações preventivas podem ser tomadas, como, por exemplo, utilizar programas de Bug Bounty para tornar os sistemas mais seguros, e, assim, garantir a confidencialidade.
Por que a confidencialidade é importante?
É óbvio que, se a gestão da segurança da informação não considerar a proteção de dados confidenciais, a empresa pode ter sérios problemas envolvendo o descumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e sua reputação. Afinal, as informações confidenciais não são apenas os dados da empresa, mas também dos clientes, parceiros, funcionários e fornecedores.
A violação desses dados pode causar danos financeiros e até mesmo fazer com que as pessoas afetadas entrem com ações judiciais contra a organização. E, com a LGPD em vigor, isso se tornou um risco ainda maior mediante as inspeções recorrentes.
Dessa forma, garantir a confidencialidade é um dos princípios da segurança da informação que devem guiar as ações de proteção e, também, ser seguidos à risca pelas empresas.
Integridade
Esse princípio assegura que os dados mantenham suas características originais, ou seja, não sejam alterados indevidamente.
Existe perda da integridade quando uma informação é modificada ou violada impropriamente. Por exemplo, se um funcionário alterar uma informação para simular um preço mais alto que o real, está corrompendo o princípio da integridade.
Algumas formas de manter a integridade das informações são:
- Aplicar ferramentas de controle de versões. Assim, você consegue reverter os documentos para seu estado original, antes das alterações;
- Verificar constantemente as informações armazenadas em diferentes sistemas para garantir que não foram alteradas;
- Fazer backups frequentes.
Por que a integridade é importante?
Para que os sistemas operem corretamente, a integridade dos dados precisa ser mantida. As instruções, orientações e mensagens trocadas entre departamentos, por exemplo, precisa chegar aos destinatários da mesma forma que foram enviados para não comprometer a comunicação, seja interna ou externa.
Além disso, uma empresa que mantém seus dados íntegros é uma empresa em que o cliente pode confiar.
Disponibilidade
Para que um sistema de informação seja útil, é indispensável que seus dados estejam disponíveis quando necessário. Portanto, a disponibilidade é outro dos quatro princípios da segurança da informação, que garante o acesso em tempo integral para usuários finais.
Para fazer isso, você precisa garantir a estabilidade e acesso permanente às informações dos sistemas por meio de processos de manutenção rápida, eliminação de falhas de software, atualizações contínuas e planos de gerenciamento de crises.
Os sistemas são vulneráveis a desastres naturais, ataques cibernéticos, falta de energia e diversas outras ameaças à disponibilidade. Manter os sistemas seguros também significa garantir o máximo possível de segurança para que os dados estejam sempre disponíveis.
Por que a disponibilidade é importante?
Imagine a seguinte situação: você fez uma compra em um e-commerce e, após um tempo, precisa verificar essa compra novamente, seja para lembrar quando ela foi feita ou quanto foi pago no produto.
Se essa informação não estiver disponível, a empresa perde credibilidade e você certamente vai se perguntar: “o que fizeram com meus dados?”
Dessa forma, a disponibilidade é um dos princípios da segurança da informação mais simples, mas que tem grande importância, principalmente para o cliente.
Leia também: Plano de Continuidade de Negócios (PCN) também é segurança digital
Autenticidade
O princípio da autenticidade garante que as informações sejam provenientes de uma fonte confiável. Em outras palavras, confirma que os dados possuem legitimidade, não havendo manipulação ou intervenções externas, como terceiros se passando por colaboradores.
A autenticidade é o pilar que valida a autorização do usuário para acessar, transmitir e receber informações, como logins, senhas ou até autenticações biométricas. Um sistema autêntico confirma a identidade dos usuários antes de liberar o acesso.
Um jeito simples de confirmar a autenticidade de um usuário é o captcha, ou a autenticação de dois fatores.
Por que a autenticidade é importante?
Se um sistema não confirmar a autenticidade de um usuário, se torna vulnerável a diversos tipos de ataques e falsificações, como pessoas mal intencionadas se passando por outras para roubar, vazar ou ter acesso a dados que não lhe pertencem sem a devida autorização dos titulares.
Tanto empresas quanto clientes se beneficiam de sistemas seguros e que tenham como base a autenticidade, um dos princípios da segurança da informação.
Com os princípios bem estabelecidos, o próximo passo é compreender como eles se transformam em diretrizes formais por meio de uma política de segurança da informação. Descubra a seguir o que deve ser incluído em uma política de segurança.
O que é política de segurança da informação?
A política de segurança da informação é um conjunto de diretrizes que define como uma empresa protege seus dados e sistemas e está alinhada diretamente aos pilares da segurança da informação.
Essa política deve envolver todas as áreas do negócio, garantindo que colaboradores compreendam sua importância e saibam como agir para evitar riscos.
Para elaborar uma política eficiente, considere:
- Levantamento de dados e avaliação da criticidade de cada um deles para o negócio;
- Definição de processos, permissões e proibições a serem seguidas pelos funcionários;
- Fortalecimento da cultura de segurança da informação em toda a empresa;
- Treinamentos constantes;
- Responsabilidades de cada departamento em relação à segurança dos dados;
- Política de senhas;
- Estratégias de backups;
- Controles de acesso.
Contudo, após compreender os pilares essenciais da segurança da informação, fica claro que as empresas precisam adotar estratégias robustas para proteger seus dados e sistemas. Afinal, além de causar danos aos negócios, os ciberataques também podem resultar em multas pela não conformidade com a LGPD.
Por isso, um passo importante para mitigar esses riscos é investir em segurança cibernética por meio de um programa de proteção em tempo real. Nesse sentido, programas como o Bug Bounty se destacam, pois realizam testes contínuos nos sistemas em busca de vulnerabilidades.
A principal vantagem dessa abordagem é a prevenção: ao identificar falhas antes que atacantes mal-intencionados o façam, é possível corrigi-las rapidamente, evitando danos maiores.
Conte com a BugHunt para reforçar a segurança da sua empresa
A BugHunt oferece programas de Bug Bounty para empresas que querem testar continuamente seus sistemas e identificar falhas antes que cibercriminosos as explorem.
Com o suporte de especialistas em segurança em sistemas de informação, sua empresa pode fortalecer a proteção de dados e garantir a conformidade com as melhores práticas do mercado.
Entre em contato e saiba como podemos ajudar a manter sua empresa segura!