Todas as empresas  que possuem coleta e armazenamento de dados estão sujeitas a sofrer com o  cibercrime. E é para isso que existe a inteligência de ameaças cibernéticas, como um plano de prevenção e respostas a ciberataques, ajudando as empresas na tomada de decisões para a aplicação das melhores estratégias de defesa. E por isso ela deve ser uma constante no mundo corporativo.

Com o inevitável avanço da digitalização e automatização dos processos, é natural que a exposição desses dados por mentes maliciosas se torne uma realidade cada vez mais comum para qualquer empresa. Por isso, é melhor estar bem prevenido!

Quer entender melhor o que é inteligência de ameaças cibernéticas e como ela é importante para a cibersegurança das empresas? Continue lendo este artigo. Boa leitura!

O que é inteligência de ameaças cibernéticas?

A inteligência de ameaças cibernéticas consiste em uma análise geral de ameaças e vulnerabilidades que uma empresa pode sofrer - ou já está sofrendo. Ela tem por função a coleta de dados, envolvendo pesquisas de mercado, avanços tecnológicos e a nutrição de informações sobre as novas tendências, técnicas e métodos de práticas criminosas cibernéticas envolvendo a exposição de dados que possam comprometer a segurança da informação.

Reconhecimento e entendimento do cenário é essencial para a inteligência de ameaças cibernéticas, uma vez que ela é responsável por utilizar as informações coletadas para preparar as empresas, apontando quais setores estão mais vulneráveis, onde a segurança precisa ser reforçada e quais as ameaças em potencial que a empresa pode vir a sofrer.

Servindo como uma ação preventiva, a inteligência de ameaças cibernéticas busca promover um comportamento proativo e consciente no cenário empresarial, evitando uma reação desesperada que possa causar ainda mais danos em uma situação de ameaça.

Qual é a importância da inteligência de ameaças?

A inteligência de ameaças cibernéticas contribui para a criação de um ambiente  de segurança e solidez na proteção cibernética de uma empresa ou instituição. Não é o único método de garantir a segurança da informação mas, sem dúvida, é um dos mais eficazes pelo seu caráter estratégico e analítico.

Como toda boa estratégia, ela é dividida em etapas, permitindo a clara visualização das vulnerabilidades e facilitando a resolução do processo, como veremos a seguir.

Etapas da análise de inteligência

Reunir e organizar dados é essencial para os processos da inteligência de ameaças. A riqueza desses dados é muito importante para o entendimento da situação que se apresenta na empresa e para definir quais estratégias são aplicáveis e eficientes para a criação da cibersegurança. E isso pode ser dividido em três etapas:

  • Etapa 1: Coleta de dados relevantes sobre vulnerabilidades e potenciais ameaças, além de uma compreensão aprofundada da empresa, definindo onde ela é mais vulnerável ou mais forte e como otimizar isso;
  • Etapa 2: Análise e processamento de dados para maior entendimento dos problemas encontrados e como eles podem afetar a instituição (levando em conta fatores internos e externos). Nesse momento, as ameaças são definidas de acordo com sua criticidade para melhor gerenciamento da crise;
  • Etapa 3: Resposta direta aos ataques de forma organizada e estratégica, definindo que tipo de inteligência cibernética é apropriada para a situação e fazendo sua aplicação. A comunicação entre todos os times internos também é essencial para que as ações preventivas estejam em constante funcionamento da forma correta e também para que sejam registrados feedbacks sobre como essas ações estão impactando os diferentes setores;

Quais são os tipos de inteligência de ameaças?

Por ser um processo complexo que abrange várias áreas de uma empresa, é importante que existam diferentes abordagens para cada setor em que a inteligência está atuando. Veja a seguir.

Inteligência de ameaças estratégica

São análises realizadas para cargos de alto nível dentro das empresas. O resultado dessas análises possuem uma visão ampla, sendo considerados durante uma tomada de decisões importantes que afetam toda a dinâmica da empresa.

Como são dados apresentados a gestores, possuem um caráter menos técnico e mais voltado para assuntos que envolvem fatores econômicos e de mercado.

Inteligência de ameaças tática

Esse modelo é voltado para profissionais da área de segurança da informação e que possuem competências para adotar medidas de resposta a ameaças. São estratégias que identificam indicadores de comprometimento como endereços de IP suspeitos, fluxo de tráfego incomum e tentativas de login. A abordagem tática é a mais rápida em uma situação real de ciberataque.

Inteligência de ameaças operacional

É uma resposta mais lenta e minuciosa de análise que envolve o estudo de casos passados, buscando padrões de comportamento e tendências que permitiram ou contribuíram com o ciberataque.

Embora os ataques possam ser imprevisíveis, os métodos utilizados já são amplamente conhecidos, tornando importante o reconhecimento do modus operandi desses cibercriminosos e prevendo um cenário futuro de vulnerabilidade com base nas situações pregressas.

Onde as empresas podem usar a inteligência de ameaças cibernéticas?

As empresas que mais podem se beneficiar de uma estratégia de inteligência de ameaças cibernéticas são aquelas cujo modelo de negócios se baseiam em armazenamento de dados, como bancos e fintechs, por exemplo.

Tais empresas quase sempre estão envolvidas com outras instituições desenvolvedoras de sistemas e aplicativos que necessitam de acesso a APIs e bancos de dados para aprimorarem seus serviços. Por isso, normas rígidas e um bom planejamento de contramedidas no caso de um ciberataque é essencial.

Gostou de conhecer um pouco sobre Inteligência de Ameaças Cibernéticas e entender sua importância dentro das empresas? Existem inúmeras estratégias capazes de antecipar e evitar uma ameaça cibernética, como um programa de Bug Bounty ou a criação de um Purple Team.

Você pode ir além e saber mais sobre os outros pilares da cibersegurança. Confira os outros artigos aqui do blog da BugHunt!