Nos últimos anos, o ambiente cibernético está se tornando cada vez mais perigoso para as marcas. Neste cenário, as empresas estão constantemente sob ameaça de serem atacadas, mas, para mitigar os impactos causados, é preciso ter um plano de resposta a incidentes de segurança da informação definido.

Claro que, antes de pensar em como elaborar uma resposta a incidentes de segurança informação, é preciso investir em como se prevenir contra esses incidentes antes deles acontecerem, investindo em cibersegurança, criando uma estrutura confiável de gestão de riscos, identificando e corrigindo as vulnerabilidades nos sistemas e por aí vai…

Mas ter um plano B nunca é uma má opção, ainda mais com os números de ciberataques crescendo exorbitantemente. Em 2022, por exemplo, o Brasil sofreu 103,16 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, segundo dados da Fortinet.

Nada é 100% seguro e, como diz o ditado popular, “o seguro morreu de velho”, pensando nisso preparamos um passo a passo de como criar um plano de resposta a incidentes de segurança.

Ao longo deste texto, você vai entender o que é uma resposta a incidentes de segurança da informação, qual a importância de ter esse plano previamente definido e, claro, como criá-lo. Boa leitura!

O que é uma resposta a incidentes de segurança da informação?

A resposta a incidentes de segurança da informação é qualquer ação tomada por uma empresa para conter os danos provocados por violações de segurança, como, por exemplo, vazamentos de dados e ciberataques.

O objetivo desse plano é minimizar o impacto do incidente e proteger as informações sensíveis, minimizando prejuízos infraestruturais e financeiros e, também, reduzindo o tempo gasto na recuperação dos danos.

Esse processo envolve a coleta de evidências digitais, identificação da origem do incidente, avaliação do impacto, identificação de vulnerabilidades e a implementação de medidas corretivas.

Como criar um plano de resposta a incidentes de segurança da informação

Mesmo em sistemas de segurança estruturados, ciberataques podem acontecer. Por isso é tão importante ter um plano de resposta a incidentes de segurança da informação previamente elaborado. Veja o passo a passo:

1. Preparação

Em casos de ciberataques, o primeiro passo do plano de resposta deve ser preparar todos da equipe sobre como lidar com o incidente. Nesta etapa, é preciso orientar os colaboradores sobre boas práticas e os principais riscos para a integridade da empresa.

Nesta fase, também, a equipe de segurança da informação precisa estar preparada e a postos para realização do restante do plano.

Vale ressaltar que ter elaborado políticas de segurança e planos de comunicação pré-definidos são fatores cruciais para que todos tenham bom entendimento sobre a situação.

2. Mapeamento de ativos importantes

O segundo passo consiste em mapear os ativos de informação mais importantes e críticos para a organização, como, por exemplo, dados financeiros, informações de colaboradores e clientes, relatórios, acessos e protocolos.

Nesta etapa, é importante identificar o que está em jogo e quais os possíveis danos causados pela perda ou vazamento dessas informações.

3. Contenção de danos

Após entender a raiz do incidente na etapa anterior, é preciso focar em conter os danos causados e é isso o que propomos no terceiro passo.

Este passo consiste em suspender imediatamente o acesso dos sistemas afetados, para que o invasor não tenha mais acesso aos ativos da organização e, desta forma, evitar que outros sistemas sejam afetados e este incidente acabe prejudicando ainda mais os sistemas e a operação das organizações.

4. Entendendo o incidente

A quarta fase tem como objetivo identificar a raiz do problema. Esta etapa consiste na coleta de informações relevantes e evidências que possibilitem que a equipe de segurança consiga determinar o que aconteceu, como o ataque ocorreu, quais dados foram comprometidos e como agir a partir disso.

Nesta fase, é preciso avaliar o impacto do incidente, entendendo as proporções dos danos, quais sistemas foram afetados, quais informações foram perdidas ou vazadas, quais documentos foram acessados, quais comunicações foram prejudicadas… Enfim, tudo da organização que foi impactado com o ciberataque.

5. Elaboração de medidas corretivas

O quinto passo se resume a corrigir o problema. Ou seja, na elaboração de um plano de procedimentos práticos para reparar os danos estruturais no sistema.

Com base na avaliação do impacto e na identificação da raiz do problema feitas na etapa anterior, é preciso desenvolver um plano de ação detalhado que especifique quais serão as medidas corretivas correspondentes a cada área afetada.

6. Recuperação dos sistemas e ativos

Após as medidas corretivas serem colocadas em prática e validadas, o sexto passo consiste em inspecionar o sistema para conferir o que foi perdido e como recuperar esses ativos.

A fase de recuperação funciona como um período de avaliação das consequências provocadas pelo incidente a médio e longo prazo e como agir a partir disso, buscando formas de resgatar as perdas e como reparar os sistemas.

7. Atualização do sistema e correção de vulnerabilidades

Muitos acreditam que raios não caem duas vezes no mesmo lugar, mas isso não é uma verdade nem para os raios e nem para ciberataques. O cristo redentor, por exemplo, é atingido por raios 6 vezes ao ano.

A sétima fase consiste em atualizar os sistemas para que novos ciberataques não voltem a acontecer, mesmo que com um plano de resposta a incidentes de segurança da informação elaborado prevenir é sempre melhor que remediar.

Esta fase é um exercício constante, é preciso identificar e corrigir as vulnerabilidades nos sistemas ativamente para evitar futuros problemas com segurança da informação.

O Bug Bounty é uma forma eficaz de identificar vulnerabilidades em sistemas, isso porque ele funciona como um programa de recompensas que conecta empresas a milhares de especialistas em segurança da informação com o objetivo de achar falhas nos sistemas que possam desencadear possíveis incidentes de cibersegurança.

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