A internet se torna cada vez mais acessível e, dentro do nosso contexto, já é uma necessidade para o trabalho e relações sociais. Conforme seu uso aumenta, novos problemas de segurança cibernética surgem. Nesse cenário, o teste de invasão, também conhecido como pentest, pode ser uma solução.
De acordo com o Relatório de Cidadania Digital da Avast, os brasileiros estão cada vez mais preocupados com os cibercrimes, e isso impediu que 78% das pessoas realizassem diversas ações online.
Esse é um dos motivos que comprovam que optar pela prevenção a ataques cibernéticos, assim como a proteção de sistemas, são ótimas formas de evitar ou saber lidar com cibercrimes, e evitar grandes prejuízos para sua empresa ou clientes.
Por isso, hoje você vai entender um pouco mais sobre o teste de invasão, como ele funciona, e os benefícios do investimento em segurança cibernética.
O que é o teste de invasão?
O teste de invasão ou pentest é uma estratégia que possibilita a identificação de vulnerabilidades dentro de sistemas. Isso acontece por meio da execução de ataques cibernéticos de forma controlada.
Assim, é possível validar os mecanismos de defesa do sistema e identificar quais serão as brechas encontradas por cibercriminosos, para reforçar a proteção e corrigir erros para evitar invasões reais, roubos de dados, entre outros problemas.
Para exemplificar, é como se um supermercado contratasse pessoas para simular um assalto, ou invasão, no estabelecimento. Dessa forma, os responsáveis pela segurança podem identificar as brechas e desenvolver novas estratégias para aumentar a proteção do local.
Geralmente realizado manualmente, por meio de hackers éticos, o teste de invasão conta também com ferramentas automatizadas para maior eficácia.
Tipos de testes de invasão (pentest)
Um diferencial dos testes de invasão é que existem muitos tipos para você optar, de acordo com o que faz mais sentido a necessidade do seu sistema. Confira os exemplos abaixo:
Black Box
Esse é um tipo de teste mais completo, e que assegura maior "realismo" na simulação do ataque. Aqui o hacker ético praticamente não recebe informações prévias sobre a empresa, e realiza o mapeamento completo, assim como as descobertas do zero.
White Box
Neste caso o hacker parceiro recebe todas as informações necessárias sobre a empresa e sua estrutura de segurança, como por exemplo, os endereços IPs, topologia interna da rede do cliente, nomes de servidores, entre outras.
Essa opção é geralmente executada pelo próprio profissional de cibersegurança da empresa, que já tem acesso aos dados necessários. Aqui as simulações são mais específicas e certeiras.
Gray Box
Como você pode deduzir pelo próprio nome, esse é um teste de invasão que é realizado com as informações mais básicas da empresa. Um intermediário entre o White e o Black Box.
Esse formato é o mais indicado para quem busca terceirizar o serviço pela primeira vez com uma empresa.
Pentest Interno
O tipo de pentest realizado na rede interna da empresa é útil principalmente para medir quanto dano um funcionário pode causar e também testar níveis de segurança e controle da empresa.
Pentest Externo
Já aqui, o hacker vai analisar apenas a tecnologia externa da empresa, como os servidores e o site. Nesses casos, o profissional não precisa ir até a empresa, simulando um ataque real, ou seja, com os mesmos níveis de acesso que um atacante possuiria.
Como funciona o teste de invasão?
Para que você saiba como o teste de invasão funciona, é importante entender que ele é dividido em fases, e que essa organização permite que o trabalho seja mais efetivo. Confira algumas delas:
1. Análise das informações disponíveis
Nessa primeira fase do teste de invasão as informações sobre a empresa são coletadas. Entre elas, o segmento de atuação, filiais ou empresas associadas, endereço, tipo de serviço prestado, nomes e emails dos funcionários de cargos elevados, entre outras.
Assim é possível que o hacker colete os endereços dos servidores DNS (Domain Name Service), e também descubra se a empresa utiliza o VPN (Virtual Private Network) ou outros serviços que podem compor a superfície de ataque.
2. Varredura da Rede
Aqui, os primeiros passos da invasão já são dados, após o hacker já obter as informações de DNS. É possível descobrir também os IPs que são utilizados, os serviços que estão expostos,, sistemas operacionais e servidores, ajudando assim a ter uma visão geral das tecnologias e serviços que compõem a infraestrutura da empresa.
3. Análise dos serviços
Depois da varredura de sistemas e computadores, é possível analisar os serviços que estão sendo executados, suas versões e também as portas de acesso para os sistemas.
4. Busca e acesso às vulnerabilidades
Na quarta fase é quando o hacker começa a procurar e acessar as vulnerabilidades dos serviços que estão sendo executados na empresa. Aqui já são feitos os testes para saber quais informações e controles são possíveis de serem acessados, assim como as falhas de segurança.
5. Falhas e vulnerabilidades são exploradas
Após as fases anteriores, que são de reconhecimento da infraestrutura tecnológica, as vulnerabilidades começam a ser exploradas, identificando assim o nível de risco que elas representam. Nesta fase é possível identificar se o ambiente está em risco de paralisação das operações ou vazamento de dados, por exemplo.
6. Coleta de evidências e reporte
Assim que os testes são realizados, o hacker coleta as evidências necessárias para gerar um relatório detalhado, onde são registrados todos os pontos que podem apresentar brechas, assim como a falta de atualização do sistema, falhas nas redes, entre outras questões.
Também são registrados todos os testes que foram realizados, e também as consequências que as falhas encontradas podem trazer para a empresa, para que as correções sejam feitas. Nesse momento, é finalizado o teste de invasão.
Pentest x Bug Bounty
Já exploramos muito em nosso blog o conceito dos programas de Bug Bounty, e como eles podem ajudar sua empresa. E a realidade é que o objetivo do pentest e do Bug Bounty são o mesmo: por meio de testes e simulações de invasões aos sistemas das empresas parceiras, descobrir possíveis vulnerabilidades e falhas que podem prejudicar o negócio e os usuários.
A principal diferença entre os dois métodos, é que no Pentest esses testes são realizados por uma equipe de segurança da informação, durante um período pré-determinado, segundo o contrato.
Já em um programa de Bug Bounty as análises são feitas por hackers éticos independentes, sem uma janela de testes, pois os testes são contínuo , e por especialistas que possuem habilidades e olhares diferentes.
Além disso, o teste de invasão é feito de forma pontual. Com um começo, meio e fim. Já no Bug Bounty, os hackers éticos testam os sistemas da sua empresa de forma frequente, enquanto o programa estiver ativo, e o pagamento é feito por recompensa.
É importante ressaltar que Pentest não anula Bug Bounty, e vice-versa. A estratégia de associar um programa de Bug Bounty a rotinas de Pentest pode economizar milhares de reais para a sua empresa.
Por isso, conheça os serviços da Bug Hunt, primeira plataforma de Bug Bounty do Brasil!
Lembre-se que testar a segurança da sua empresa com estes programas é aplicar controle para diminuir a probabilidade de ataques. Invista em cibersegurança e veja os resultados positivos!