Atualmente, é inegável a necessidade de iniciativas de segurança da informação nas empresas. Com a alta do número de casos de ataques cibernéticos, qualquer organização está vulnerável a sofrer com as consequências de uma invasão. Neste contexto, soluções como pentest – ou teste de invasão em português – pode ser a chave para descobrir e corrigir vulnerabilidades que poderiam ser exploradas por cibercriminosos.

Por isso, hoje você vai entender um pouco mais sobre o que é pentest, como ele funciona e quais as vantagens de utilizá-lo para deixar sua empresa mais segura. Boa leitura!

O que é pentest?

O pentest é uma estratégia de segurança que possibilita a identificação de vulnerabilidades dentro de sistemas e ativos digitais. Isso acontece por meio da simulação de tentativas de ataques cibernéticos provocadas por profissionais de segurança da informação em um ambiente controlado.

Assim, é possível validar os mecanismos de defesa do sistema e identificar quais seriam as brechas encontradas por cibercriminosos. Desta forma, é possível reforçar a proteção e corrigir erros para evitar invasões reais.

Para exemplificar, é como se um supermercado contratasse pessoas para simular um assalto, ou invasão, no estabelecimento. Dessa forma, os responsáveis pela segurança podem identificar as brechas e desenvolver novas estratégias para aumentar a proteção do local.

Vale ressaltar que, geralmente, o pentest é realizado manualmente, por meio de hackers éticos, mas ferramentas automatizadas também podem ser utilizadas como apoio para se obter maior eficácia.

Tipos de pentest

Um diferencial do pentest é que existem muitas variações da mesma técnica disponíveis no mercado, o que possibilita que você escolha a solução que faz mais sentido para as suas necessidades. Confira os exemplos abaixo:

  • Black Box

Esse é um tipo de pentest mais completo, que assegura maior "realismo" na simulação do ataque. Aqui o hacker praticamente não recebe informações prévias sobre a empresa e realiza o mapeamento completo, assim como as descobertas do zero.

  • White Box

Neste caso, o hacker parceiro recebe todas as informações necessárias sobre a empresa e sua estrutura de segurança, como, por exemplo, os endereços IPs, topologia interna da rede do cliente, nomes de servidores, entre outras.

Essa opção é geralmente executada pelo próprio profissional de cibersegurança da empresa ou por uma equipe parceira, que já tem acesso aos dados necessários. Aqui, as simulações costumam ser mais específicas e certeiras.

  • Gray Box

Como você pode deduzir pelo próprio nome, esse é um pentest realizado com as informações mais básicas da empresa. Um intermediário entre o White e o Black Box.

Esse formato é o mais indicado para quem busca terceirizar o serviço pela primeira vez com uma empresa.

  • Pentest Interno

O tipo de pentest realizado na rede interna da empresa serve principalmente para medir quanto dano um funcionário pode causar e também testar níveis de segurança e controle da empresa.

  • Pentest Externo

Já aqui, o hacker vai analisar apenas a tecnologia externa da empresa, como os servidores e o site. Nesses casos, o profissional não precisa ir até a empresa, simulando um ataque real, ou seja, com os mesmos níveis de acesso que um atacante possuiria.

Como funciona o pentest?

Para que você saiba como o pentest funciona, é importante entender que ele é dividido em algumas fases e que essa organização permite que o trabalho seja mais efetivo. Confira as principais etapas:

Análise das informações disponíveis

Nessa primeira fase, as informações sobre a empresa são coletadas. Entre elas, o segmento de atuação, filiais ou empresas associadas, endereço, tipo de serviço prestado, nomes e e-mails dos funcionários de cargos elevados, entre outras.

Assim, é possível coletar os endereços dos servidores DNS (Domain Name Service) e, também, descobrir se a empresa utiliza o VPN (Virtual Private Network) ou outros serviços que podem compor a superfície de ataque.

Varredura da Rede

Aqui, os primeiros passos da invasão já são dados, após o hacker já obter as informações de DNS. É possível descobrir também os IPs utilizados, os serviços que estão expostos, sistemas operacionais e servidores, ajudando assim a ter uma visão geral das tecnologias e serviços que compõem a infraestrutura da empresa.

Análise dos serviços

Depois da varredura de sistemas e computadores, é possível analisar os serviços que estão sendo executados, suas versões e também as portas de acesso para os sistemas.

Busca e acesso às vulnerabilidades

Na quarta fase, é quando o hacker começa a procurar e acessar as vulnerabilidades dos serviços que estão sendo executados na  empresa. Aqui já são feitos os testes para saber quais informações e controles são possíveis de serem acessados, assim como as falhas de segurança.

Falhas e vulnerabilidades são exploradas

Após as fases anteriores, de reconhecimento da infraestrutura tecnológica, as vulnerabilidades começam a ser exploradas, identificando assim o nível de risco que elas representam. Nesta fase, é possível identificar se o ambiente está em risco de paralisação das operações ou vazamento de dados, por exemplo.

Coleta de evidências e reporte

Assim que os testes são realizados, o especialista coleta as evidências necessárias para gerar um relatório detalhado, onde são registrados todos os pontos que podem apresentar brechas, assim como a falta de atualização do sistema, falhas nas redes, entre outras questões.

Também são registrados todos os testes realizados, e também as consequências que as falhas encontradas podem trazer para a empresa, para que as correções sejam feitas. Neste momento, é finalizado o pentest.

Quais são as vantagens do pentest para as empresas?

Os pentests são conhecidos por ajudar as empresas a se tornarem mais protegidas e seguras diante das ameaças cibernéticas. Mas, além disso, os testes de intrusão, como também é conhecido, oferecem vantagens específicas para a cibersegurança. Confira:

Identificação de vulnerabilidades

Os pentests ajudam a identificar e quantificar as vulnerabilidades presentes nos sistemas e redes de uma empresa, sendo uma ótima opção para detectar aquelas brechas que podem não ser detectadas por ferramentas automatizadas.

Simulação de ataques reais

Ao simular cenários de ataques reais, os pentests fornecem uma visão realista de como um invasor poderia explorar as fraquezas do sistema. Isso ajuda as empresas a entenderem melhor suas exposições a riscos.

Aprimoramento das medidas de segurança

Com base nos resultados do pentest, as organizações podem fortalecer suas medidas de segurança, corrigindo vulnerabilidades e aprimorando as defesas para resistir a ameaças cibernéticas.

Teste de incidentes e resposta a incidentes

Os pentests também podem ser usados para testar a eficácia dos planos de resposta a incidentes de segurança. Isso porque simular um ataque permite que as equipes pratiquem suas habilidades de detecção, contenção e recuperação.

Proteção de ativos críticos

Ao identificar e corrigir vulnerabilidades descobertas através do pentest, é possível proteger os ativos críticos com mais eficiência, isso inclui dados confidenciais, propriedade intelectual e sistemas essenciais.

Investimento estratégico em segurança

Ao realizar testes de invasão regularmente, as empresas fazem um investimento estratégico em segurança cibernética. Isso pode resultar em economia a longo prazo, evitando incidentes de segurança e prejuízos financeiros.

Avaliação de riscos

A avaliação de riscos fornecida pelo pentest ajuda as organizações a saberem como priorizar a correção de vulnerabilidades considerando sua gravidade, o nível de probabilidade de exploração e o impacto potencial.

Pentest x Bug Bounty

Apesar do pentest e do Bug Bounty serem soluções de cibersegurança com objetivos similares - identificar vulnerabilidades, existem pontos que diferenciam essas duas técnicas.

A principal diferença entre os dois métodos, é que, no Pentest, eles são realizados por uma equipe de segurança da informação ou por uma equipe de hackers, durante um período pré-determinado, segundo o contrato.

Já em um programa de Bug Bounty, as análises são feitas por hackers éticos independentes, sem uma janela de testes, pois os testes são contínuos e por especialistas que possuem habilidades e olhares diferentes.

Vale ressaltar que um método não exclui a necessidade do outro, ambos são complementares. Isso porque tanto o pentest, quanto o Bug Bounty, oferecem para as empresas um olhar específico sobre os pontos fortes e fracos em seu sistema de segurança.

Quer saber mais sobre como diferenciar esses dois métodos ou está em dúvida de qual escolher? Entre em contato com a BugHunt que te ajudamos a tirar suas dúvidas.