A mudança do mundo nos últimos dez anos, trouxe uma revolução tecnológica difícil de ser mensurada. E, claro, com o maior uso da internet e sistemas digitais, os perigos também aumentaram, assim como as falhas de segurança.

Durante a pandemia a relação do ser humano com as tecnologias passou de desejo para necessidade. Uma consequência desse uso mais periódico foi o maior espaço de exploração para os cibercriminosos. Inclusive, em 2022 a projeção é que os crimes cibernéticos possam afetar 80% das empresas e organizações em todo mundo.

E quantas invasões e falhas de segurança não foram registradas esse ano, não é mesmo? Dá para perder a conta facilmente! Por isso, fizemos aqui uma espécie de retrospectiva do ano, com as 10 principais falhas digitais de 2021. Preparados?

Metodologia para o top 10 falhas de segurança

Antes de apresentar os nossos personagens principais, é importante entender como eles foram escolhidos, certo?

As dez principais falhas de segurança de 2021 foram selecionadas através de uma pesquisa feita pelo Open Web Application Security Project (OWASP), em uma tradução livre: Projeto Aberto de Segurança em Aplicações Web.

O projeto já é conhecido por muitos profissionais que trabalham na área de sistemas e, para uma pesquisa justa e isenta, consultou especialistas em segurança e desenvolvimento, com o intuito de ter uma melhor visualização das vulnerabilidades do mundo digital.

De forma mais resumida, foram feitas pontuações para as categorias exploração e impacto, e assim as falhas foram categorizadas, para a chegada dos dez primeiros lugares.

Top 10 falhas de segurança de 2021

Finalmente chegamos ao momento tão esperado do texto: O top 10 de falhas de segurança de 2021! Em relação a pesquisas de outros anos, você pode até achar que as mudanças não foram tantas.

Mas a realidade é que cada pequena mudança no mundo digital e dos sistemas pode significar também mudanças na forma de se proteger nesse meio. Sendo assim, veja os escolhidos deste ano:

1º Quebra de Controle de Acesso (Broken Access Control)

Nosso primeiro colocado foi a quebra de controle de acesso: a falha de segurança que mais teve ocorrências registradas em 2021. Ela é registrada quando acontecem erros no processo de determinar quais usuários, sistemas e dispositivos podem ou não ter acesso a um objetivo ou espaço.

O controle de acesso é usado para maior controle de ambientes digitais, assim como informações e ações muito importantes. Sua quebra pode causar danos complexos e acarretar em diversos crimes cibernéticos.

2º Falhas Criptográficas (Cryptographic Failures)

O segundo colocado era anteriormente chamado de “exposição de dados sensíveis". Agora com um processo mais articulado, as falhas criptográficas já são autoexplicativas: ou seja, quando a criptografia não funciona da forma correta.

Esse problema de proteção também pode acarretar na exposição de dados confidenciais, tanto da empresa, quanto de clientes, ou a estruturas do sistema, que ficam comprometidas sem seu “filtro” de acesso.

3º Injeção (Injection)

Completando nosso pódio de falhas de segurança, as injeções de SQL , LDAP e JavaScript, são ocorrências muito frequentes, e acontecem quando dados não confiáveis são enviados propositalmente para um intérprete, no formato de uma consulta ou parte de um comando.

Estas injeções de comandos ou scripts são perigosas e hostis, pois podem direcionar a aplicação a executar comandos que não foram previstos. O que acarreta em acesso a informações de forma não autorizada. Nesta edição, falhas de Cross-site Scripting fazem parte dessa categoria.

4º Design Inseguro (Insecure Design)

Essa é uma das falhas de segurança que provavelmente estarão sempre entre as primeiras colocações, visto que engloba diversos problemas e pontos fracos do sistema.

É importante ressaltar que o design inseguro apresenta alto risco, visto que não pode ser corrigido facilmente. Isso acontece pois os controles de segurança para defesa contra os ataques específicos ainda não foram criados.

5º Configuração Insegura (Security Misconfiguration)

As configurações inseguras são um grande problema dentro das falhas de segurança. Quanto mais opções de configuração de um sistema, é comum que mais falhas possam aparecer.

A evolução tecnológica proporcionou possibilidades de mudança, personalização e configurações diferenciadas, de acordo com a preferência do usuário. Mas caso elas não sejam criadas com cuidado, podem ser um portal de riscos, roubo de dados, entre outros problemas.

6º Componente Desatualizado e Vulnerável (Vulnerable and Outdated Components)

Esse é um tipo de falha difícil de se avaliar os riscos. Visto que depende muito do sistema método usado, assim como a funcionalidade da plataforma.

Essa vulnerabilidade se mostra quando o usuário tem desconhecimento da versão do sistema utilizado, se está atualizado ou não, se varreduras periódicas não são feitas, assim como outras medidas de proteção periódicas.

7º Falha de Identificação e Autenticação (Identification and Authentication Failures)

Nosso sétimo lugar vai para uma falha que compromete seriamente questões de acesso. O erro em identificação e autenticação traz grande vulnerabilidade ao sistema, que se torna exposto a usuários e perfis que não deveriam ter acesso a certas informações e ações.

8º Falha na Integridade de Dados e Software (Software and Data Integrity Failures)

Essa é uma nova categoria nas pesquisas feitas pelo OWASP. Está ligada a problemas na atualização do software, assim como linhas de CI/CD e dados críticos que não verificam a integridade.

Novamente uma vulnerabilidade que não só pode dar acesso a informações sigilosas, como compromete a própria estrutura do sistema. Falhas de Desserialização Insegura agora fazem parte dessa categoria.

9º Monitoramento de Falhas e Registros de Segurança (Security Logging and Monitoring Failures)

Esta categoria inclui as falhas de segurança em comandos e sistemas ligados ao monitoramento de problemas e prevenção de falhas. Ou seja, um problema diretamente na proteção. Anteriormente chamado de Registro e Monitoramento Insuficientes, a categoria foi expandida para incluir um maior número de falhas.

O erro pode impactar diretamente o alerta de incidentes, a visibilidade de ações perigosas e até a própria perícia da ocorrência.

10º Falsificação de Solicitação do Lado do Servidor (Server-Side Request Forgery)

Mesmo apresentando uma taxa de cobertura alta, essa é uma falha muito indicada pelos profissionais de segurança da informação, visto que sua realização pode trazer danos gigantescos.

Essa falsificação permite a realização de solicitações que parecem verdadeiras, e a possibilidade de ações, sem tanto esforço, que não partem do criminoso, mas do próprio sistema.

Investimentos em Bug Bounty para prevenção de ataques

O programa de Bug Bounty envolve hackers éticos na busca por vulnerabilidades e falhas de segurança em diferentes espaços digitais e sistemas.

Ao optar por um programa de Bug Bounty, a empresa permite que os hackers parceiros realizem, de forma controlada, busca por vulnerabilidades no sistema, que podem ser a chave de entrada para cibercriminosos dentro de sites, aplicativos, entre outros.

Então, quando são encontrados problemas, esses profissionais avisam a empresa, para que medidas preventivas e de segurança sejam aplicadas no seu sistema, e ganham recompensas por esse trabalho de busca.

Essa é a hora de se prevenir contra essas falhas perigosas, e a BugHunt, a primeira plataforma de Bug Bounty do Brasil pode ser uma solução para você e seu negócio. Clique aqui e entre em contato com a gente!