O orçamento de segurança deveria ser uma prioridade central no planejamento de TI, mas a realidade mostra desafios para muitas empresas.
Segundo a pesquisa “2025 Security Budget Benchmark Report”, publicada pela IANS Research em parceria com a Artico Search, apenas 47% dos CISOs relataram aumento no orçamento este ano, abaixo dos 62% registrados em 2024, enquanto 39% tiveram orçamentos estagnados.
Esses números evidenciam que, mesmo com a crescente importância da segurança cibernética, muitas organizações ainda não ajustaram seus investimentos de forma estratégica.
Mas afinal, o que prever em um orçamento de segurança cibernética? Como equilibrar prevenção, inovação e custos sem comprometer a operação?
Continue lendo para descobrir como construir um orçamento em segurança que garanta resiliência digital.
Como planejar um orçamento de segurança cibernética inteligente
Antes de definir valores, é preciso entender onde a empresa está e aonde quer chegar.
O orçamento de segurança deve refletir o nível de maturidade atual e o quanto a organização está disposta a evoluir.
Avalie a maturidade em segurança da sua empresa
Empresas com baixa maturidade costumam investir de forma fragmentada: compram soluções pontuais, mas sem integração ou estratégia. O primeiro passo é fazer um diagnóstico de maturidade em segurança, entendendo seus pontos fortes, vulnerabilidades e prioridades.
Essa análise permite direcionar recursos de forma mais assertiva, evitando desperdícios e lacunas de proteção, pois o problema não é gastar pouco ou muito, mas gastar no lugar certo.
Identifique riscos e impactos financeiros
Antes de definir o orçamento, é fundamental mapear os principais riscos cibernéticos que a empresa pode enfrentar e estimar o impacto financeiro de cada incidente, considerando perda de receita, custos diretos e danos à reputação.
Essa análise ajuda a priorizar investimentos estratégicos, garantindo que cada recurso alocado tenha retorno real em proteção e resiliência digital.
Prevenção, detecção e resposta
Muitos orçamentos ainda se concentram apenas na prevenção, que inclui firewalls, antivírus, backups. Mas a realidade mostra que nenhum sistema é 100% impenetrável.
Um modelo de orçamento de segurança eficiente deve equilibrar prevenção, detecção e resposta a incidentes. Isso significa investir também em monitoramento constante, inteligência de ameaças e plano de continuidade de negócios. As empresas maduras entendem que segurança é um ciclo, não um projeto com início e fim.
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Estratégias para otimizar custos e fortalecer a segurança
Fazer mais com menos não é apenas possível, é estratégico. A eficiência no orçamento de segurança vem de um olhar inteligente sobre ferramentas, processos e cultura de proteção.
Equilibre recursos internos e externos
Investir em automação, monitoramento contínuo e serviços gerenciados permite reduzir retrabalho e incidentes, ao mesmo tempo em que mantém a operação segura. Avalie cuidadosamente quais atividades devem ser internalizadas e quais podem ser terceirizadas sem comprometer a proteção.
Priorize investimentos de maior impacto
Nem todas as iniciativas de segurança têm o mesmo retorno. Priorize recursos para proteger ativos críticos, fortalecer controles já existentes e reduzir riscos que realmente afetam o negócio. Ferramentas redundantes ou pouco usadas geram gasto sem benefício real.
Justifique o investimento para a liderança
Para muitos gestores, o desafio não é identificar o que precisa ser feito, mas convencer a alta liderança. Traduzir segurança em valor de negócio, como riscos mitigados, tempo de operação garantido, dados protegidos e reputação preservada, ajuda a tornar cada real investido estratégico. Apresente indicadores concretos, como tempo de resposta a incidentes, redução de vulnerabilidades ou impacto financeiro de falhas evitadas.
Essas estratégias garantem que o orçamento de segurança seja eficiente, direcionado e alinhado à maturidade da empresa, sem desperdícios e sempre conectado aos objetivos do negócio.
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Boas práticas para o próximo ciclo orçamentário
Segurança é dinâmica, por isso, o orçamento também deve ser. Algumas práticas ajudam a manter o planejamento atualizado:
- Revisar trimestralmente os investimentos e resultados;
- Simular cenários de ataque para identificar novos riscos;
- Incluir treinamentos e conscientização na conta (porque tecnologia sem cultura não segura ninguém);
- E, claro, avaliar o ROI das iniciativas, priorizando o que gera valor e reduz vulnerabilidades reais.
Com esse olhar, o ciclo orçamentário se torna parte da estratégia de crescimento, e não apenas uma obrigação financeira.
Ao planejar um orçamento de segurança cibernética, não se trata apenas de controlar custos. Antes de mais nada, é definir quanto sua empresa está preparada para proteger seu futuro. Para isso, avaliar maturidade, mapear riscos e estimar impactos transforma cada investimento em proteção real.
Além disso, revisar decisões regularmente garante que a segurança acompanhe a evolução do negócio, proporcionando resiliência, confiança e crescimento contínuo frente aos desafios digitais.
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