Quais são os principais tipos de hackers?

Os hackers são figuras muito conhecidas na sociedade. Ainda mais agora, com os avanços constantes de tecnologias que mudaram a nossa rotina. Mas você sabia que existem diversos tipos de hackers atuando no mundo digital?

Para quem não está familiarizado com essa realidade, é normal associar o termo hacker com personagens de ficção, como Lisbeth Salander, da trilogia Millennium e Elliot da série Mr. Robot, entre outros. Ou até mesmo a personalidades reais, que protagonizaram vazamento de informações e dados importantes, como Julian Assange, fundador do WikiLeaks.

E assim como o mundo dos hackers, essas pessoas e personagens atuam de forma diferente, com objetivos e táticas diversificadas.

Por isso, vamos te explicar um pouco mais sobre o histórico desses especialistas em sistemas, e os principais tipos de hackers conhecidos atualmente.

O que é um hacker?

Esse pode parecer um questionamento um pouco simples, mas você sabe realmente o que é um hacker?

O termo é utilizado de forma geral para descrever pessoas que possuem um grande conhecimento sobre computação e informática, e que atuam no desenvolvimento e modificação de hardwares e softwares.

Ao contrário do que muitos pensam, eles não são criminosos, ou possuem intenções que transcendem os limites da lei. Vários tipos de hackers podem trabalhar desenvolvendo novas funcionalidades em sistemas, ou como parceiros de empresas, na prevenção a ciberataques. Quem utiliza os conhecimentos para praticar crimes são cibercriminosos.

A origem do termo “hacker”

O termo hacker já era usado desde os anos 60, quando pessoas tentavam estudar o sistema de telefonia para realizar ligações telefônicas gratuitas, esses depois ficaram conhecidos como phreakers.

No entanto, a designação se popularizou anos depois, quando associada a programadores de computador atuantes no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em ações específicas que somavam computação e criatividade.

Atualmente, os tipos de hackers estão espalhados pelo mundo todo, com destaque a países como EUA, Índia e Paquistão, onde o mercado para esses profissionais é mais vasto e diversificado.

Os principais tipos de hackers

Como já citado anteriormente, o desenvolvimento tecnológico e dos sistemas digitais possibilitou o surgimento de diferentes tipos de hackers, que possuem objetivos de trabalho diversificados.

E em um momento em que os ciberataques crescem junto com a evolução tecnológica, é importante que pessoas, instituições e empresas saibam diferenciar esses indivíduos, podendo até mesmo contar com a ajuda de muitos deles. Veja aqui os tipos de hackers mais conhecidos:

White Hat

Esses profissionais são conhecidos como “hackers éticos”. São especialistas em cibersegurança e buscam, através de seus conhecimentos, ajudar empresas e instituições a se prevenir contra os ataques cibernéticos.

Geralmente, são pessoas que gostam muito do mundo da computação e  encontram no auxílio a outras organizações uma forma correta e possível de usar seus conhecimentos e habilidades.

Quando os white hats encontram esses problemas e vulnerabilidades nos sistemas de seus parceiros, relatam aos responsáveis o que acharam auxiliando na tomada de medidas de proteção.

Black Hat

Esse é um dos tipos de hackers mais conhecidos popularmente, e são movidos por objetivos contrários aos de um white hat.

Um black hat também pode ser chamado de “cibercriminoso” e não respeita os códigos de ética comuns dentro da sociedade, visto que usa seus conhecimentos na realização de ataques e invasões a redes e sistemas.

Sua principal motivação ao ataque pode estar ligada a ganhos pessoais e financeiros através do acesso indevido a dados sigilosos, a invasão a organizações, ou até mesmo a espionagem criminosa.

Grey Hat

Como o próprio nome sugere, os greys hats ficam numa espécie de “intermediário” entre os tipos de hacker citados anteriormente. Eles não atuam de forma maliciosa, mas também não utilizam meios totalmente éticos e legais.

Os grey hats realizam invasões de forma despretensiosa, muitas vezes por diversão, mas visando apenas a divulgação dessa vulnerabilidade. O que de certa forma pode ajudar a empresa, mas também os cibercriminosos.

Eles podem também explorar esses erros, mostrando a organização e se oferecendo para resolver em troca de recompensas financeiras.

Crackers

Os crackers são indivíduos que também possuem grande conhecimento em sistemas e são motivados por um maior reconhecimento de suas técnicas e popularidade.

Eles também podem ser considerados cibercriminosos. Utilizam seus conhecimentos para quebrar diversos sistemas de segurança e softwares, ajudando no aumento da pirataria e ganhando recompensas financeiras em troca de suas ações criminosas.

O termo cracker foi criado em 1985 pelos hackers que queriam diferenciar suas atividades das exercidas por esses cibercriminosos.

Script Kiddies

Termo utilizado para designar black hats iniciantes, sem tanto conhecimento quanto os mais experientes.

Os script kiddies fazem uso de programas e scripts já existentes e baixados na internet, com o objetivo de atacar redes e sites, se tornando mais conhecidos, eles são “amadores”.

Eles escolhem esse formato de ciberataque por não possuírem as habilidades necessárias para escreverem seus próprios códigos, mas visam se tornar black hats.

A relação do Bug Bounty e White Hats

Um hacker white hat busca frequentemente por possibilidades de trabalhos éticos, mas que também tragam certo reconhecimento e recompensa financeira devido a complexidade do serviço.

Os programas de Bug Bounty conseguiram aliar a necessidade de empresas se protegerem dos temidos ciberataques e a necessidade de estabilidade dos white hats.

Esse é um tipo de serviço de recompensa, em que os hackers éticos exploram, de forma autorizada, os sistemas e redes de empresas parceiras em busca de vulnerabilidades que colocam o funcionamento desses ambientes digitais em risco.

O hacker, ao identificar o problema, oferece um relatório à empresa, ganhando em troca recompensas financeiras e reconhecimento. Ou seja, uma facilitação para os dois lados.

E para empresas que estão no Brasil e procuram esse tipo de programa para se precaver ou  proteger seus sistemas dos ataques de cibercriminosos, a BugHunt, primeira plataforma de Bug Bounty do Brasil, oferece diferentes possibilidades de negócio.

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