Um dos grandes questionamentos da cibersegurança é: como se defender de crimes cibernéticos sem pensar como um verdadeiro hacker? É pensando nesse conceito que foi desenvolvido o hacking ético.
Quando pessoas não tão inseridas no mundo digital pensam em hackers, certamente personagens como Elliot da Mr. Robot, ou aqueles coadjuvantes de filmes de ação vem à mente, com ideias mirabolantes para invadir sistemas.
Esses são os “do bem”, mas nem sempre essas associações são boas. O hacker se tornou muitas vezes, no conceito geral, sinônimo de invasores cibernéticos e criminosos ligados ao compartilhamento de dados sigilosos.
O cenário atual também não ajuda muito as pessoas a realmente entenderem quem é o hacker. O aumento do home office devido à pandemia fez com que mais empresas optassem pelos serviços de Nuvem, e online, o que aumentou significativamente os ataques cibernéticos por todo o mundo.
De acordo com o estudo “The Hidden Costs of Cybercrime”, publicado pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, o prejuízo monetário com o crime cibernético em 2020 está estimado em US $945 bilhões.
Nesse contexto, o hacking ético ocupa a posição de prevenção a falhas de segurança cibernética, como o vazamento de dados e acesso a informações sigilosas, que podem causar grandes prejuízos para as empresas.
Sendo assim, o hacking ético é uma grande ferramenta para parceiros de negócios, tendo como objetivo melhorar a segurança do empreendimento parceiro.
O que é o hacking ético?
Apesar do trabalho de hacker, como já citado aqui, ser muito associado aos cibercriminosos, o termo hacking ético já era aplicado desde a década de 1990, por executivos da IBM.
O hacking ético é o serviço feito por um profissional especializado em cibersegurança, chamado de hacker ético, que procura brechas na segurança de sistemas, plataformas, websites, aplicativos, entre outros ao realizar análises por meio de testes controlados aos sistemas e servidores.
Isso mesmo! O hacker ético invade o servidor de seu parceiro em busca de falhas em produtos ou serviços que podem representar uma ameaça a empresa, antes que alguém mal intencionado encontre.
É importante reforçar que essas falhas de cibersegurança causam grandes prejuízos para um empreendimento. Suas consequências podem ser: vazamento de dados de clientes, ataques por ransomware, roubo de informações e dinheiro, paralisação de serviços e muitos outros problemas que também afetam a imagem e reputação do negócio.
Sendo assim, o hacking ético atua para prevenir sistemas dos ataques de cibercriminosos.
E essa diferenciação é fundamental até mesmo nas qualificações. Para o serviço de hacking ético, é interessante que o profissional apresente sua reputação e certificações que comprovam seu conhecimento na área, tornando o serviço ainda mais profissional.
Serviços realizados no hacking ético
Como explicado acima, o hacker ético pode ajudar empresas de diversas maneiras, como forma de prevenção a ataques e invasões em sistemas. Entre esses serviços, estão:
Identificação de vulnerabilidades no sistema
O serviço de hacking ético ajuda empresas na determinação de melhores medidas de cibersegurança, além de identificar quais dessas medidas precisam de atualizações ou ainda possuem algum tipo de vulnerabilidade que pode ser explorada por cibercriminosos.
Entre essas vulnerabilidades podem estar os aplicativos inseguros, a falta de criptografia de senhas, sistemas muito expostos que executam software sem patch, entre outros problemas.
Ao identificar essas questões, o hacker ético relata aos parceiros e líderes da empresa os pontos problemáticos, ajudando-os a tomar decisões mais certeiras sobre como melhorar a postura em relação à segurança.
Preparação para um possível ataque cibernético
Ataques cibernéticos podem paralisar o serviço de uma empresa, e manchar a reputação de uma marca.
A realidade é que grande parte das empresas, principalmente as menores, não estão preparadas para os ataques de cibercriminosos. E é por isso que a parceria com hackers éticos é interessante.
Esses profissionais entendem como os criminosos operam, e vão ajudar a empresa a estar preparada para possíveis ataques futuros.
Demonstração de métodos usados em ataques cibernéticos
As demonstrações de ataques cibernéticos ajudam a empresa a entender mais detalhadamente o perigo que corre ao manter um sistema com possíveis falhas. Ao entender esses métodos, é possível evitar de forma mais eficaz a ação de cibercriminosos.
Como se tornar um hacker ético?
O trabalho com hacking ético é cada vez mais valorizado dentro do mercado devido a necessidade de empresas de se protegerem no ambiente digital. Sendo assim, ser um hacker ético traz diversas possibilidades profissionais.
Mas se engana quem acredita que se tornar um hacker é tarefa fácil. É fundamental dedicação e muito estudo, principalmente porque sistemas, aplicativos e sites estão sempre se atualizando.
Uma das principais dicas para se tornar um hacker ético é o investimento em educação na área. Hoje já são disponibilizados diferentes cursos, certificados e qualificações para quem busca trabalhar na área. Certificações de segurança de TI relacionadas também são uma boa opção. Entre as mais indicadas, estão:
- Certified Ethical Hacker ( CEH ) - EC-Council;
- SANS GPEN - SysAdmin, Networking e Security;
- Certified Information Systems Auditor ( CISA ) - ISACA;
- Offensive Security Certified Professional - OSCP;
- GIAC Security Essentials ( GSEC ) - Certificação Global Information Assurance.
O trabalho do hacker ético é identificar vulnerabilidades e riscos e ajudar na correção. Por isso, o entendimento do que cibercriminosos fazem, como realizam os ataques e a intensificação dos conhecimentos no mesmo nível ou até mais do que esses invasores é um ponto-chave para o desenvolvimento nesse setor.
Bug Bounty: programa de recompensas
Outra forma interessante de se trabalhar com hacking ético é se cadastrar em um programa de recompensa por bugs (Bug Bounty). Esse é um tipo de programa oferecido para empresas que buscam aumentar a sua cibersegurança.
O hacker ético é chamado de bughunter em um programa de Bug Bounty, e é responsável por realizar diferentes testes para encontrar vulnerabilidades a ataques cibernéticos.
O trabalho como "caçador de recompensas” traz mais experiência na área de hacking ético, visto que bugs reais serão procurados e identificados em sistemas reais de empresas já inseridas no mercado. Aumentando assim, a sua base de conhecimento na área.
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