Computação em nuvem: o que é e como funciona?

O mundo está passando por diversas transformações, sejam elas econômicas, sociais, ambientais e, é claro, tecnológicas. Uma dessas mudanças é justamente a busca por alternativas mais acessíveis para Tecnologia da Informação e, em resposta a isso, surge a computação em nuvem.

Como uma forma de desburocratizar o acesso a ferramentas, serviços digitais e, assim, atender às novas demandas do mercado, a computação em nuvem é uma forma de trazer mais flexibilidade e escalabilidade para gestão de TI.

Com a computação em nuvem, é possível armazenar e processar dados em servidores remotos, ou seja, é possível acessar, executar, processar e visualizar arquivos e aplicativos, tudo pela internet - até mesmo em um computador básico.

De modo geral, a computação em nuvem tira um pouco da responsabilidade das empresas e usuários por não precisarem mais manter uma infraestrutura TI própria -  permitindo novas possibilidades de trabalho, mais flexíveis, eficazes e colaborativas.

Quer saber mais sobre esse recurso que promete facilitar o dia a dia dos profissionais de TI e empresas? Neste artigo, vamos explicar o que é computação em nuvem, como ela funciona, quais são os tipos e suas vantagens. Boa leitura!

O que é computação em nuvem?

A computação em nuvem - ou cloud computing, em inglês - é um modelo de computação que fornece serviços de computação através da internet - ao invés de computadores locais ou servidores físicos.

Em outras palavras, a computação na nuvem possibilita acessar os recursos de TI, como, por exemplo, armazenamento, servidores, aplicativos e software, apenas com a conexão à internet, dispensando a necessidade de hardwares ou softwares locais.

Além disso, a computação em nuvem representa uma transformação no modus operandi dessa área, isso porque agrega mais conectividade e versatilidade na utilização de recursos de TI, simplificando a gestão e reduzindo custos operacionais.

Como funciona a computação em nuvem?

A computação em nuvem funciona a partir da rede de internet - a “nuvem” - como se fosse um site ou serviço online. Geralmente, o acesso é controlado por um login e, após isso, o usuário consegue acessar todas as funcionalidades do programa sem precisar baixar ou instalar nenhum aplicativo.

Isso acontece porque a computação em nuvem é composta por vários servidores interligados em uma rede que hospedam os serviços em nuvem. Esses servidores são normalmente mantidos em grandes data centers, e podem ser acessados por qualquer pessoa ou empresa com uma conexão à internet.

Diferente do modelo tradicional, no qual os usuários devem comprar e manter o hardware e o software localmente, a nuvem permite que os usuários aluguem recursos de computação de provedores em nuvem, pagando apenas pelo que usam e se tornando uma opção mais econômica - um dos grandes diferenciais da computação em nuvem.

Quais são as vantagens da computação em nuvem?

O grande propósito da computação em nuvem é facilitar o acesso do usuário a serviços de TI, mas, para que isso seja possível, essa modalidade de computação oferece outras vantagens. Veja a seguir:

  • Escalabilidade: os usuários podem variar a capacidade de processamento e armazenamento conforme necessário, sem precisar investir em hardwares ou softwares adicionais.
  • Acesso remoto: os usuários podem acessar os recursos de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, desde que haja conexão à internet. Isso permite que empresas e indivíduos operem com mais flexibilidade e eficiência.
  • Custo-benefício: apenas os recursos de computação usados são pagos, anulando a necessidade de investir em hardware e software mais caros. Isso é particularmente útil para empresas que precisam lidar com flutuações no volume de negócios ou que desejam reduzir seus custos operacionais.
  • Maior segurança: os provedores de serviços de nuvem geralmente têm uma equipe de especialistas em cibersegurança para proteger os dados dos usuários contra ameaças externas e também as plataformas de computação em nuvem possuem diversas funcionalidades que devem ser configuradas para garantir maior segurança.
  • Diminuição de problemas técnicos: a computação em nuvem oferece maior resiliência em caso de falha de hardware ou interrupções de energia, isso porque seu servidor está conectado em várias redes.
  • Manutenção simplificada: os recursos de computação em nuvem são gerenciados pelo provedor dos serviços, ou seja, os usuários não precisam se preocupar com a manutenção, atualização e solução de problemas do hardware, ou software.

Quais são os tipos de computação em nuvem?

A computação em nuvem é um recurso digital muito versátil, buscando oferecer uma gama de ferramentas e serviços de TI online. Diante disso, existem três tipos de computação em nuvem:

SaaS - Software como Serviço

O SaaS permite que os usuários acessem softwares pela internet, sem a necessidade de instalação em seus próprios computadores. Isso quer dizer que é possível acessar e usar programas a partir de qualquer dispositivo conectado à internet - incluindo computadores, smartphones e tablets.

O Google Drive, o Microsoft Office 365 e o Spotify são exemplos desse tipo de modalidade de computação em nuvem.

PaaS - Plataforma como Serviço

O PaaS fornece aos desenvolvedores de software uma plataforma completa para desenvolver, testar e implantar aplicativos, incluindo ferramentas de desenvolvimento, bibliotecas e sistemas operacionais, além dos recursos de armazenamento e banco de dados.

Um exemplo de plataforma de PaaS é o Heroku, que permite criação e implantação de aplicativos em várias linguagens de programação - como Ruby, Java e Python.

IaaS - Infraestrutura como Serviço

O IaaS é um tipo de serviço de computação em nuvem que fornece acesso a recursos de TI, como, por exemplo, servidores, armazenamento e redes, por meio da internet. Isso possibilita que as empresas consigam hospedar seus aplicativos e dados em um ambiente virtual - sem precisar possuir e gerenciar a infraestrutura física.

O Amazon Web Services (AWS) é um exemplo de serviço IaaS, ele oferece recursos de computação em nuvem escaláveis, incluindo servidores virtuais, armazenamento e bancos de dados.

Nuvem pública vs nuvem privada

Além das variações de tipos de serviços oferecidos pelos diferentes provedores de computação na nuvem, existe a diferença entre nuvem pública e privada.

De modo geral, a principal diferença entre as nuvens pública e privada é o controle dado sobre a infraestrutura e a disponibilidade dos recursos de cada modalidade.

Na nuvem pública, o gerenciamento é feito pelos provedores, que oferecem a mesma infraestrutura com diversos clientes. Nesta modalidade, os recursos são compartilhados e disponibilizados ao público em geral.

Enquanto na nuvem privada, esse gerenciamento é feito pelas empresas ou usuários. Desta forma, é possível ter mais controle e segurança sobre os dados e aplicativos hospedados.

Além disso, outra diferença é que a nuvem privada pode ser hospedada internamente ou em data centers terceirizados, não só na internet como nas nuvens públicas.

Computação em nuvem é segura?

Existem diversos fatores que contribuem para um sistema de computação em nuvem ser seguro ou não. Isso porque a responsabilidade sob a proteção desses sistemas é dividida entre os provedores e os usuários.

Ou seja, é necessário checar a reputação de segurança da plataforma antes de contratar seus serviços, já que parte dessa segurança pode ser feita pelos provedores.

Mas, além disso, é preciso ter em mente as boas práticas de proteção de dados. Isso porque existem ciberameaças capazes de se infiltrar nos sistemas por meio de brechas provocadas pelos usuários.

Para garantir a segurança da computação em nuvem, separamos algumas dicas:

  1. Criar senhas fortes e não compartilhá-las
  2. Configurar o duplo fator de autenticação (2fa)
  3. Utilizar criptografia nos dados armazenados e trafegados
  4. Fazer atualizações regularmente para corrigir possíveis vulnerabilidades nos sistemas
  5. Configurar  redes privadas
  6. Instruir usuários e colaboradores sobre boas práticas de proteção de dados
  7. Implementar políticas de segurança
  8. Limitar e auditar acessos

Outra forma de assegurar a proteção dos sistemas em computação em nuvem é optar por nuvens privadas, que possibilitam ter mais controle e segurança.

Além dessas dicas, o Bug Bounty é uma forma de garantir mais segurança para os sistemas. Funcionando como um programa de recompensas por bugs, o Bug Bounty é uma grande oportunidade para especialistas da área - que podem ganhar experiência e uma renda extra -, e também para empresas - que têm a possibilidade de identificar e corrigir suas vulnerabilidades.

Demais, né? Quer saber mais sobre o Bug Bounty? Entre em contato com a Bug Hunt!