10 passos para fazer a análise de vulnerabilidade
Fundamental para qualquer gestor, a análise de vulnerabilidade é um ponto fulcral para qualquer negócio atualmente.
A cibersegurança precisa ser encarada como uma prioridade e essa análise de vulnerabilidade é uma ferramenta que auxilia na proteção da informação e consequentemente na contenção de danos.
Tenha em vista que essa análise é feita através de um conjunto de processos que permitem o mapeamento de problemas que afetam a infraestrutura e os sistemas de TI.
Siga lendo o artigo e entenda a importância de adotar esse processo na rotina de segurança na sua empresa!
O que é a análise de vulnerabilidade?
Trata-se de um processo preventivo, que possui objetivo priorizado em encontrar focos de fragilidades e diminuí-los ao ponto de tentar eliminar a chance delas serem exploradas.
A análise de vulnerabilidade é o processo de identificação de falhas que podem expor seu sistema e dados as mais diversas ameaças. É uma avaliação ampla da segurança, indicando as fraquezas para eliminar ou reduzi-las.
Essas brechas de segurança podem ocorrer dos mais variados modos, seja por falhas humanas, erros de programação ou má configuração dos sistemas.
Tendo em vista que as falhas corriqueiras, principalmente com colaboradores que não possuem treinamentos e levando em consideração que o ambiente tecnológico é dinâmico é fundamental ter análises de vulnerabilidade programadas e com certa constância durante a rotina dessa empresa, ainda mais levando em conta o aumento dos ataques cibernéticos.
Por que essa análise é tão importante?
Ter o conhecimento e base para correção dessas brechas, geram mais desempenho e segurança. Portanto, os objetivos da análise de vulnerabilidade já dão uma ideia de qual sua importância para a empresa. Eles se confundem com os próprios benefícios que essa análise traz para o ambiente.
Isto é, a análise de vulnerabilidade é importante porque garante a melhoria contínua da infraestrutura da empresa. Isso se dá em diversos aspectos, pois a análise tem algumas práticas importantes, como:
- Monitorar continuamente os sistemas, com inspeções regulares para acompanhar e identificar possíveis ocorrências;
- Reduzir a incidência de problemas como ransomwares, contas inativas, sistemas desatualizados e senhas fracas;
- Proteger os ativos empresariais contra ataques cibernéticos, evitando prejuízos financeiros e de imagem à organização;
- Aumentar a conformidade com a já conhecida LGPD. A Lei de Proteção de Dados - LGPD, quando colocada em pleno funcionamento, faz com que a empresa demonstre conformidade e boas práticas na gestão das vulnerabilidades.
Além disso, a importância da análise de vulnerabilidade também pode ser notada em cada uma de suas etapas de implementação, que demonstraremos logo a seguir.
10 passos para aplicar esse processo na sua empresa
A análise de vulnerabilidade quando precisa ser aplicada pode ser dividida em algumas etapas.
No começo é necessário identificar todos os ativos de TI e fazer o escaneamento de vulnerabilidades. Em seguida, é preciso avaliar os resultados, identificar falsos positivos e vulnerabilidades reais e os riscos, e tratá-los.
1. Identificação dos ativos de TI
Ao iniciar esse processo de análise, é necessário identificar quais são os ativos de TI da empresa, assim é possível entender tudo o que compõe a infraestrutura como hardwares, softwares e peopleware.
Todos eles devem ser mapeados e registrados para passarem pelas próximas etapas.
Por meio dessa etapa crucial, é possível ter uma ideia sobre atividades críticas para serem tratadas posteriormente.
2. Faça um scan de vulnerabilidades
O scan de vulnerabilidades é um dos passos fulcrais da análise.
Para essa atividade, é fundamental usar ferramentas específicas de escaneamento, que apresentam o potencial de identificar e categorizar de forma mais simples as fragilidades do sistema, por meio de uma varredura em IPs externos e ativos na rede interna.
Essas verificações externas são importantes para encontrar as ameaças imediatamente e proceder às atualizações de software e firmware necessárias, assim como de portas, firewall, protocolos e outros sistemas.
Já a varredura interna realiza o aperfeiçoamento das redes do próprio ambiente.
3. Não esqueça da avaliação das vulnerabilidades
Outro passo importante é a avaliação de vulnerabilidade. Nessa etapa, as ameaças são listadas e classificadas a partir dos riscos que oferecem para a infraestrutura, além de identificar os falsos positivos
Essa avaliação serve como um guia para a correção e solução que será aplicada em cada brecha encontrada no sistema.
Aqui, a equipe deve criar um modelo das principais ameaças em seus ativos e métodos como o STRIDE, da Microsoft, são muito utilizados. Veja como funciona essa catalogação de riscos:
- Spoofing of identity (roubo de identidade ou falsificação de dados);
- Tampering with data (violação ou adulteração de dados);
- Repudiation of transaction (repúdio de transação não devida);
- Information disclosure (divulgação não autorizada de informações);
- Denial of service (ataques de negação de serviço);
- Elevation of privilege (elevação de privilégio).
4. A avaliação de riscos é importante
Essa avaliação é parte essencial do processo de implementação de uma análise de vulnerabilidade e, para que ela seja feita, é preciso entender bem sobre o funcionamento de seus sistemas.
Nessa fase, é importante contar com diversos membros das equipes para entender todos os processos e infraestruturas fundamentais para a empresa, para então partir para a avaliação com informações concretas e reais.
Durante a avaliação de risco, se localizam e classificam os ativos da organização. Esse processo envolve relacionar servidores, estações de trabalho, dispositivos e qualquer ativo que pode ser alvo de ataques.
Após isso, é preciso classificar cada um quanto ao tipo de informação que carregam, é comum utilizar uma escala de 1 a 5, que diz sobre:
- Respeito às informações públicas sobre a organização;
- Os dados internos, mas que não são confidenciais;
- São as informações sensíveis, como planos de negócios;
- Dados que não podem ser vistos nem mesmo por todos os funcionários, como as planilhas de salários;
- Todas as informações confidenciais.
5. Tratamento dos riscos
Com o resultado da avaliação de riscos disponível, o profissional saberá a porcentagem de sistemas sob risco, em maior ou menor grau.
Assim, deve priorizar aqueles que estão sob maior ameaça de ataques, balanceando-a com a importância do sistema. As vulnerabilidades nos controles existentes, por exemplo, devem ser corrigidas rapidamente.
Neste momento de tratamento, é preciso sempre ter em mente que o negócio corre riscos que podem ser evitados. É a melhor forma de encontrar as ferramentas mais eficazes para a correção e evitar problemas no futuro.
6. Realize testes de invasão
Essa aplicação dos testes é um procedimento que ajuda na análise do nível de fragilidade que o sistema empresarial está suscetível.
Com essa tarefa, as equipes adquirem conhecimento do grau de ameaça que o negócio está vulnerável. Além disso, é mais simples identificar as falhas e conhecer outras falhas que não foram encontradas antes.
Desse modo, o teste de invasão é um conjunto de procedimentos e ferramentas usadas para identificar problemas de segurança em sistemas e redes corporativas.
7. Transforme a análise de vulnerabilidade em um processo constante
É fundamental entender que atividades de segurança não são processos que se fazem uma vez e são esquecidos na empresa. A análise de vulnerabilidade é uma tarefa constante, para garantir a segurança da informação em qualquer momento.
É ideal colocar essa tarefa na rotina da organização e determinar períodos para que ela seja realizada.
Também é relevante contar com sistemas específicos para realizar essas análises de forma automatizada.
8. Políticas de segurança precisam ser implementadas
Não adianta fazer análise de vulnerabilidade e não ter boas práticas de gestão de TI, que garanta que a empresa minimize riscos.
Crie políticas de segurança, direcione práticas do setor que envolvam manutenção de equipamentos, monitoramento de sistemas, identificação de problemas, entre outros.
O importante é aumentar no máximo a performance da segurança e não ter que trabalhar apenas para corrigir erros, mas se adiantar frente às vulnerabilidades encontradas no ambiente.
9. Liste as principais vulnerabilidades encontradas
A avaliação de vulnerabilidade pressupõe a etapa de listagem e classificação conforme a relevância da ameaça e o risco que trazem para a infraestrutura de TI.
Essa lista será muito útil, pois serve como um guia para a solução a ser aplicada em cada falha encontrada e serve para definir o tipo de risco e implementar as medidas necessárias para corrigir todos esses problemas.
10. Aplique treinamentos e eduque os colaboradores
Entendendo que a maior parte da análise de vulnerabilidade é automatizada, é preciso que os colaboradores entendam sua importância e se engajem nesse processo, afinal, eles são parte das origens de diversas falhas existentes.
Divulgue boas práticas, eduque os colaboradores com relação à segurança e busque diminuir os riscos nesse ponto do processo.
Como dissemos, falhas humanas dão aberturas para ataques e vulnerabilidades, portanto, é preciso trabalhar nessa remediação.
Ofereça treinamentos, ensine os processos e trabalhe com rotinas padronizadas de segurança.
Principais benefícios da análise de vulnerabilidade
Aplicar a análise de vulnerabilidade resulta em uma série de vantagens para as empresas e trata-se de uma ferramenta preventiva e corretiva, afinal, além de identificar brechas, acusa alterações dos sistemas e dá insumos para o tratamento dos riscos.
Como por exemplo;
- Aumento da segurança;
- Agilidade da identificação de falhas;
- Aumento da integridade e confidencialidade dos dados;
- Economia de tempo e dinheiro;
- Competitividade no mercado
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